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Novos caminhos no tratamento da dor crónica: canabinóides, dependência e técnicas aplicadas

Publicado dia Maio 23, 2025 Comentários fechados em Novos caminhos no tratamento da dor crónica: canabinóides, dependência e técnicas aplicadas

A utilização terapêutica de canabinóides nas síndromes de dor crónica foi o foco da intervenção de João Pedro Silva na mesa-redonda “Síndromes de Dor Crónica”, durante o 31.º Congresso Nacional de Medicina Interna (CNMI).

Na sua apresentação, o orador dividiu a sessão em dois grandes eixos. “Numa primeira instância, abordei os mecanismos moleculares e celulares pelos quais os canabinóides — endógenos e exógenos — podem modular as vias de sinalização da dor”, explicou. A segunda parte da comunicação centrou-se na evidência clínica disponível: “Apresentei as principais conclusões de estudos clínicos em que canabinóides tenham sido administrados a pacientes com diferentes patologias envolvendo dor crónica”, referiu, salientando também as limitações do seu uso: “Destaco as principais limitações, como os efeitos adversos e a escassez de informação sobre a sua segurança a longo prazo.”

João Pedro Silva defendeu que o tema merece ser amplamente debatido, sobretudo num contexto de crescente procura por alternativas mais seguras aos opioides, como analgésicos. “A capacidade dos canabinóides para atuarem nas vias de modulação da dor, associada à existência no mercado de formulações aprovadas como analgésicos adjuvantes, sugerem o seu potencial terapêutico”, afirmou. No entanto, advertiu que “a limitada evidência de eficácia clínica, combinada com o risco de efeitos adversos graves, exige uma discussão crítica para compreender o real balanço entre riscos e benefícios.”

Quanto às expectativas para o Congresso, o investigador manifestou entusiasmo com a oportunidade de aproximação entre investigação fundamental e clínica. “Espero que o 31.º CNMI sirva como uma plataforma de excelência para a atualização científica, troca de experiências e discussão multidisciplinar, que aproxime a investigação básica da prática clínica.” Destacou ainda a importância de um evento “abrangente e inovador”, capaz de promover reflexões sobre “novas abordagens terapêuticas, tecnologias emergentes e estratégias de resposta aos desafios.

Por sinal, Hugo Oliveira abordou a gestão das dependências prévias e induzidas. Durante a apresentação, o especialista fez uma revisão sobre o conceito da dependência, o impacto nacional e mundial desta problemática, assim como os principais fatores de risco e sinais clínicos. Numa fase seguinte, expôs estratégias gerais para a gestão terapêutica, com foco específico na dependência do álcool, opióides e benzodiazepinas.

“A dependência farmacológica ou de drogas ilícitas é um grande flagelo da sociedade contemporânea, com amplas implicações socioeconómicas. Contudo, são raros os currículos médicos que abordam este tema e, na prática clínica, a avaliação da dependência é ainda pouco rotineira”, destacou Hugo Oliveira, sublinhando a necessidade de chamar a atenção para este problema e fornecer ferramentas práticas para os médicos.

O orador sublinhou também a relevância dos temas em debate no congresso, como o “Limite da Autonomia no Idoso” e “A Grávida na Urgência”, que, na sua perspetiva, tornam o evento ainda mais atrativo.

Por fim, Edgar Semedo contribuiu para a mesa-redonda com a apresentação sobre técnicas aplicadas na dor crónica, na qual esclareceu o que é a Medicina de Intervenção no contexto da Medicina da Dor, abordando a sua evolução histórica, modalidades disponíveis e os seus princípios básicos.

“A Medicina de Intervenção é fundamental no tratamento da dor por fornecer métodos precisos, personalizados e eficazes para aliviar a dor diretamente na sua fonte, com a redução do uso de medicamentos. Estes procedimentos minimamente invasivos aliados a uma abordagem multimodal e multidisciplinar, oferecem uma via promissora para melhorar significativamente a qualidade de vida dos doentes que sofrem de dor. À medida que a tecnologia e a pesquisa continuam a avançar, espera-se que a Medicina de Intervenção se torne ainda mais eficaz e acessível, beneficiando um número crescente de pessoas em todo o mundo”, referiu o convidado.

No que diz respeito às suas expectativas relativamente à iniciativa, Edgar Semedo manifestou confiança de que a qualidade dos temas abordados e a excelência dos palestrantes contribuem para uma experiência formativa e enriquecedora para todos os participantes.

(23/05/2025)

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