“Reconciliação terapêutica – estratégias” designa uma das conferências que enriqueceu o abrangente panorama do 28.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. André Coelho conduziu a sessão com o objetivo basilar de clarificar o conceito de reconciliação terapêutica e partilhar algumas das estratégias testadas, com efetividade, na sua implementação, que é prevista enquanto norma da Direção-Geral da Saúde, desde 2016.
O orador considera que adotar este procedimento nos hospitais portugueses é um processo que atravessa bastantes dificuldades, seja para as instituições ou para os profissionais. No entanto, as suas vantagens para o doente são inegáveis. “A evidência é muito clara no risco para a segurança dos doentes aquando da transição entre cuidados, muito particularmente no que diz respeito à sua medicação. Nesse sentido, a reconciliação terapêutica é uma das ferramentas disponíveis para não só reduzir o risco de erros de medicação, como em consequência disso, reduzir/minimizar as consequências desses erros.”
Foi através de uma exposição muito prática e da reflexão sobre pontos fortes e fracos dos modelos de implementação que André Coelho mostrou o potencial da reconciliação terapêutica, de forma a ultrapassar as dificuldades sentidas nas instituições e fortificar a sua presença no cenário português da Medicina.
(03/10/2022)