“Pontes para o Futuro”. É este o tema do 29.º Congresso Nacional de Medicina Interna (29.ºCNMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), que se realiza entre os dias 4 e 7 de maio, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
Na mesa da sessão de abertura da maior e mais marcante reunião anual de Medicina Interna estiveram presentes Pedro Cunha, presidente do Colégio da Especialidade da Medicina Interna; Lèlita Santos, presidente da SPMI; Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos; Manuel Pizarro, ministro da Saúde; Jorge Almeida, presidente do congresso; Catarina Araújo, vereadora da Saúde da Câmara Municipal do Porto; Fernando Araújo, diretor executivo do SNS; e Maria João Batista, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de São João.
“É com imenso prazer que represento a comissão organizadora deste congresso. Agradecemos a colaboração dos vários serviços de Medicina Interna. O que queremos é uma Medicina Interna moderna, afirmativa e representativa, e construir pontes para o futuro. Para organizar este evento foi necessária a colaboração de várias vontades. Este congresso será um momento único de partilha de conhecimentos e união de colegas. O sucesso deste evento está garantido com a vossa presença”, começou por dar as boas-vindas Jorge Almeida.
Lèlita Santos afirmou ser um orgulho ver todos os internistas juntos pela Medicina Interna. “O internista conhece bem as pontes para o futuro. Esta é a área que mais abrange todas as especialidades. A MI é muito abrangente e versátil. Este é um acontecimento fundamental para a especialidade”, disse.
Posteriormente, Pedro Cunha, na sua apresentação apontou as suas preocupações e linhas de conduta, garantindo ser precisa transformação, para que haja valorização do papel dos médicos e internistas.
“A minha vivência dentro do hospital tem sido muito marcada pela MI. À semelhança do que sabemos e vimos durante a pandemia, os colegas da MI são aqueles que fazem a diferença todos os dias nos nossos hospitais e sistema de saúde. O que eu percebo é que nem sempre esta importância é reconhecida”, assumiu, em concordância, Maria João Batista.
Por seu turno, Fernando Araújo abordou o futuro da Medicina Interna e a importância dos internistas, fazendo referência ao ChatGTP.
Catarina Araújo aproveitou o momento para fazer referência ao facto de este ser um evento onde prevalece a partilha de experiências, num ambiente descontraído.
O penúltimo participante da sessão de abertura, Carlos Cortes, reconheceu o trabalho realizado pela SPMI ao longo dos anos. “A SPMI tem dado um contributo notável para o futuro da ciência e, mais especificamente, para a Medicina Interna. Portanto, os meus parabéns à MI. No entanto, tenho de falar das profundas dificuldades que a MI enfrenta. O desafio para o futuro é colocar o internista no papel central dos hospitais”, disse, por sua vez, Carlos Cortes.
O último a subir ao púlpito foi Manuel Pizarro. “Sem MI e sem internistas não há sistema nacional de saúde. Os internistas são absolutamente essenciais, em especial, nos hospitais. Nada dispensa a necessidade de ter um profissional que faça uma abordagem geral e esses são os especialistas da MI. É fundamental olhar para a pessoa como um todo. Temos no nosso SNS problemas bem identificados, problemas muito diversos. A verdade é que ainda não foi possível encontrar alternativas para colmatar alguns problemas, como o afluxo às urgências”, disse.
(05/05/2023)