O palestrante Francisco Cunha, com a ajuda da moderação de Luís Bento, debateu o tema “Suporte ventilatório não invasivo: o que aprendemos com a COVID”.
Começou por referir que “as especificidades da COVID-19, quer do que conhecemos da sua fisiopatologia, quer da pressão que a pandemia exerceu sobre os cuidados de saúde em todo o mundo, vieram ajudar a difundir modalidades de tratamento da insuficiência respiratória hipoxémica aguda grave, até então reservadas para grupos particulares de doentes”.
Explicou que os resultados favoráveis destas terapêuticas durante a pandemia impulsionaram alguma investigação clínica que agora procura aplicá-las a outras etiologias. Sendo uma das principais causas de admissão hospitalar e representando parte significativa da morbilidade e mortalidade intra-hospitalares, é de central importância que se discutam potenciais avanços no seu tratamento.
“O interesse nas modalidades não invasivas do tratamento da insuficiência respiratória hipoxémica aguda tem crescido, encontrando-se espelhado na crescente literatura sobre o tema. No entanto, tem sido difícil estabelecer limites claros à sua implementação, sobretudo relacionados com a definição / identificação precoce de falência terapêutica, portanto, este é um ótimo momento para podermos abordar estas questões, numa área em que ainda não dispomos de evidência científica robusta”, continuou.
Revelou que espera que o 29.º CNMI seja um fórum de discussão ativa e construtiva, uma oportunidade de partilha de conhecimento e experiência clínica entre pares.
(06/05/2023)