“Medicina Interna para além do hospital”. Foi esta a mesa-redonda moderada por Francisca Delerue e Juana Carretero Gómez.
Paula Lopes deu o seu contributo ao abordar a definição de internamento domiciliário, a evolução temporal da hospitalização domiciliária em Portugal, os critérios de admissão, as vantagens e limitações do internamento domiciliário e o ponto de situação desta prática atualmente.
“As principais vantagens são uma melhor gestão dos recursos hospitalares, uma melhor prestação de cuidados aos doentes que necessitam de permanecer em internamento convencional e uma melhor articulação com os CSP”, justificou. No entanto, assumiu que existem limitações, tais como o apoio insuficiente ao cuidador, menor vigilância do doente e a deslocação do doente ao hospital para realização de exames ou observação. Terminou ao revelar que existem 329 doentes internados de norte a sul do país.
Sobre os cuidados paliativos, Céu Rocha apresentou o caso da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, no que a esta prática diz respeito. “O modelo das ULS, com o objetivo de criar, através de uma prestação e gestão integrada de todos os serviços, uma via para melhorar a interligação dos centros de saúde com os hospitais, parece ser o modelo ideal para a implementação destes cuidados”, terminou.
Jorge Martins, subordinado ao tema “Unidades de doentes crónicos complexos”, apresentou o doente crónico complexo, as equipas dos doentes e os outcomes e sustentabilidade.
“As equipas de doentes crónicos complexos devem ter uma integração de cuidados, gestão de casos, assentar na multidisciplinariedade, plano individual de cuidados e envolvimento de proximidade de Medicina Interna”, apontou.
De seguida, foi aberto um espaço de debate e discussão acerca do tema em questão.
(05/05/2023)