No 30.º CNMI, Frederico Guanais, diretor adjunto da divisão de saúde da OCDE, trouxe a debate o acesso aos serviços de urgência em Portugal. Durante a sua apresentação, Frederico Guanais partilhou os principais resultados da publicação “Health at a Glance 2023” da OCDE, oferecendo uma visão comparativa do desempenho do sistema de saúde português.
“O objetivo da minha sessão é apresentar um panorama comparativo do desempenho do sistema de saúde em Portugal, com foco no acesso aos serviços de urgências,” afirmou.
O palestrante destacou os principais indicadores de desempenho, incluindo a esperança de vida ao nascer, a esperança de vida saudável aos 65 anos e a mortalidade evitável. Além disso, abordou os recursos do sistema de saúde, como o financiamento e o número de médicos por habitante, e as atividades realizadas pelo sistema, como hospitalizações e utilização dos serviços de urgência.
Um ponto crucial da apresentação foi a análise detalhada sobre a utilização dos serviços de urgência em Portugal, que é a mais alta de toda a OCDE. “Fiz uma análise mais detalhada sobre o que pode explicar esse fenómeno e quais as políticas que são necessárias para o enfrentar,” explicou, sugerindo que a alta procura por serviços de urgência é um aspeto que necessita de atenção e ação estratégica.
Sobre a importância do congresso, o diretor adjunto assinalou a oportunidade de atualização e troca de conhecimentos entre profissionais. “A realização de congressos é sempre uma excelente oportunidade para a atualização dos conhecimentos dos profissionais, o estabelecimento de intercâmbios e redes profissionais, e também para uma discussão interdisciplinar,” afirmou. Expressou ainda o seu entusiasmo por dialogar com os profissionais da linha de frente do sistema de saúde, enfatizando a importância da interdisciplinaridade no debate sobre saúde.
Frederico Guanais mostrou-se otimista quanto ao impacto da iniciativa. “Tenho expectativas de um diálogo de alto nível, com base nos dados mais atualizados sobre os sistemas de saúde em Portugal e noutros países,” disse, reforçando a importância de basear discussões e decisões em dados concretos e comparações internacionais.