O segundo dia do 29.º CNMI terminou com a mesa-redonda “Cuidados Intermédios: diferentes unidades para diferentes realidades”, que contou com a participação de Fernando Friões, Luísa Guerreiro e David Silva.
Luísa Guerreiro, na sua intervenção, começou por apresentar a organização da estrutura assistencial do seu Hospital, uma vez que está organizado por departamentos, sendo que o departamento de Medicina é o maior, uma vez que agrega um grande número de especialidades médicas, sendo que os internistas são os responsáveis pelos doentes. As diferentes especialidades trabalham em regime de consultadoria e na realização de exames auxiliares de diagnóstico e procedimentos técnicos.
“Este tipo de organização permite uma visão abrangente dos problemas do doente e ao mesmo tempo um contributo muito valioso e fundamental de todas as especialidades que são chamadas a dar ‘input’ na resolução destes problemas. É um trabalho muito desafiante, de uma grande riqueza semiológica, de uma grande exigência científica, mas ao mesmo tempo muito rentável e eficaz para o doente. Por outro lado, tem uma grande repercussão na formação, permitindo que internos e também especialistas, tenham contacto com patologias variadíssimas que em hospitais com outro tipo de organização e com internamentos em serviços individualizados, não seriam abordadas pelo Internista. Esta organização reflete-se na Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente (UCIP), que, tal como o seu nome diz, leva este conceito a um nível ainda mais abrangente, uma vez que recebe doentes adultos de todo o hospital, que ficam ao cuidado de uma equipa de Internistas, e conta com todas as outras especialidades, médicas, cirúrgicas e mesmo a Obstetrícia, para dar o seu contributo, mais uma vez em regime de consultadoria e execução de procedimentos técnicos”, explicou.
De seguida, mencionou alguns dados estatísticos, abordou a importância da formação pós-graduada, mencionou em que pontos a Unidade se articula com as restantes estruturas do Serviço e do Departamento de Medicina, e, por último, abordou alguns dos projetos futuros da Unidade, alguns dos quais já estão no início da sua implementação.
A terminar, afirmou que este congresso terá “momentos muito ricos em aprendizagens, mas também, e não menos importante, momentos de troca de ideias, de lançamento de novos projetos e de convivência, que são essenciais à evolução e bem-estar de todos os médicos”.
(05/05/2023)