No primeiro dia do 30.º Congresso Nacional de Medicina Interna (CNMI) decorreu na Sala Pégaso a sessão “Tarde Jovem Internista – Unidades Locais de Saúde: Papel da Medicina Interna na Coordenação e Gestão de Cuidados Integrados”.
Com moderação de João Porto, os palestrantes Alexandre Lourenço e Vasco Barreto tiveram a oportunidade de esclarecer como esta especialidade contribui para o funcionamento dos Cuidados Integrados e para a qualidade dos serviços prestados pelos profissionais de saúde.
Numa primeira instância, Alexandre Lourenço representou a perspetiva da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, nomeadamente a implementação do novo SNS na região e a mudança de paradigma associada ao modelo assistencial.
Neste sentido, o orador refletiu sobre os recursos disponíveis, assim como os indicadores que tornam Coimbra uma zona apelativa, que se posiciona no topo de organizações a nível de atividades e orçamento disponibilizado no setor da saúde. “O elevado nível de diferenciação e a ampla carteira de serviços da ULS Coimbra posicionaram esta unidade como uma referência nacional e europeia para várias especialidades”, começou por referir Alexandre Lourenço.
“A nossa missão é prestar cuidados de saúde integrados, de elevada qualidade e centrados nas pessoas, para melhorar a saúde e bem-estar da comunidade. Esta é uma Unidade em que a liderança é e pertence à Medicina Interna, e que tem um conjunto de valências que permitem redesenhar a forma como prestamos cuidados de saúde primários”.
Já Vasco Barreto apresentou a sua perspetiva enquanto Diretor de Serviço da ULS mais antiga do país, a ULS de Matosinhos. Nesta ótica, o convidado fez uma revisão do conceito de ULS, a experiência da ULS Matosinhos, o papel da Medicina Interna e exemplos de novos modelos, como é o caso dos Hospitais de Dia/Consultas Abertas e as Unidades de Diagnóstico Rápido.
“A evolução demográfica, com um envelhecimento e aumento da carga de multimorbilidade, é uma oportunidade perfeita para integrar novos modelos na Medicina Interna. Para potenciarmos estes modelos de integração de cuidados falta apenas a mudança de mentalidades e que consigamos que os hospitais e os cuidados de saúde primários se organizem em torno do conceito de multidisciplinaridade e de estruturas baseadas na integração de cuidados”, finalizou o especialista.
(23/05/2024)