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Hospitalização domiciliária: 10 anos depois, um olhar sobre o presente e o futuro no 31.º CNMI

Publicado dia Maio 24, 2025 Comentários fechados em Hospitalização domiciliária: 10 anos depois, um olhar sobre o presente e o futuro no 31.º CNMI

A celebrar uma década desde o primeiro internamento domiciliário em Portugal, realizado em 2015 pela equipa do Hospital Garcia de Orta, a médica Olga Gonçalves participou na mesa-redonda “Hospitalização Domiciliária do presente ao futuro”, durante o 31.º Congresso Nacional de Medicina Interna (CNMI).

Na sessão intitulada “Experiência das unidades domiciliárias pioneiras em Portugal: um olhar”, Olga Gonçalves refletiu sobre o percurso da hospitalização domiciliária, sublinhando os seus benefícios, mas também os desafios enfrentados desde os primeiros passos deste modelo de cuidados. “Este facto é motivo adicional para refletir sobre o percurso e a expansão da hospitalização domiciliária, as suas dificuldades e conquistas”, afirmou.

A especialista destacou como elementos centrais desta abordagem a interação próxima entre doente, equipa clínica e cuidadores, a melhoria na compreensão da doença, a oportunidade de adaptar hábitos de vida saudáveis, e a colaboração direta com as equipas de Cuidados de Saúde Primários. Para Olga Gonçalves, estas são “características indeléveis da hospitalização domiciliária”.

Sobre a importância de debater o tema, defendeu que “são múltiplas e crescentes as situações de doença aguda ou crónica agudizada que podem ser orientadas no domicílio, com segurança e eficiência.” A médica reforçou a necessidade de garantir que o doente tenha acesso à forma mais confortável e eficaz de tratamento dentro do SNS, e alertou para a urgência de uma resposta estruturada às dúvidas dos cidadãos: “É premente que se dê adequada resposta à questão – onde me dirijo nesta situação de menos saúde?”

As expectativas para o congresso passam, segundo Olga Gonçalves, por estimular o diálogo e a cooperação entre os vários contextos onde se exerce Medicina Interna. “A Medicina Interna é, pela sua natureza, a especialidade que desenvolve a sua ação em diversos cenários e, por isso mesmo, não fica confinada aos muros do hospital.” A médica espera que o 31.º CNMI seja a “alavanca de diálogo e convergência no tratamento e cuidado dos doentes”, contribuindo ainda para o reconhecimento do papel dos internistas e das novas ferramentas de apoio na prática clínica.

Nesta mesma mesa-redonda, Vânia Rodrigues apresentou uma visão aprofundada sobre os desafios e oportunidades da gestão do doente complexo no contexto da hospitalização domiciliária, defendendo uma abordagem mais humana, eficiente e centrada nas reais necessidades da população.

Na sua intervenção, a internista da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria destacou que o doente complexo, caracterizado por múltiplas comorbilidades, fragilidade e dependência funcional, exige um modelo de cuidados contínuo e multidisciplinar, capaz de replicar a qualidade do ambiente hospitalar no domicílio. “Pretendi partilhar conteúdos teóricos e práticos que capacitem os profissionais a enfrentar os desafios deste modelo em crescimento no nosso país, sem nunca perder de vista os cuidados centrados no doente”, afirmou.

Para Vânia Rodrigues, a hospitalização domiciliária representa uma evolução essencial no sistema de saúde português. “É urgente refletir sobre estratégias que permitam criar um sistema mais adaptado às necessidades reais da população e, simultaneamente, mais eficiente do ponto de vista clínico e económico”, defendeu. Apontou ainda a necessidade de fortalecer a articulação entre hospitais, cuidados primários e comunidade, como forma de evitar deslocações desnecessárias às urgências — um modelo já implementado com sucesso na sua unidade.

Ao abordar este tema no Congresso, procurou também alertar para a necessidade de repensar a resposta ao envelhecimento da população. “Nem sempre o internamento convencional é a melhor solução. A hospitalização domiciliária pode oferecer uma alternativa mais digna e adequada”, sublinhou.

Quanto às expectativas para o evento, destacou a importância de alargar a visão dos internistas para além do hospital. “Espero que este congresso ajude a valorizar o papel da Medicina Interna tanto dentro como fora das paredes hospitalares, promovendo a atualização científica e inspirando os internos a abraçarem uma visão mais abrangente e integrada dos cuidados de saúde.”

24/05/2025)

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