“Adulto idoso” foi um dos temas que esteve em destaque no 29.º CNMI. Para Alexandre Rola, palestrante desta mesa-redonda, este é um tópico de extrema importância, uma vez que “o adulto idoso é tão somente o doente protótipo de Medicina Interna, atualmente”. Revelou, ainda, que é estimado que em 2050 Portugal atinja o título de país mais envelhecido da União Europeia, segundo o Eurostat.
“Aliado ao baixo índice de qualidade de vida do idoso em Portugal (vivemos mais tempo, mas pior) e à crescente dificuldade na equidade de acesso a cuidados de saúde, torna-se imperativo o ato de procurarmos tratar melhor, potenciar a funcionalidade e evitar a institucionalização desta nossa, progressivamente mais numerosa, franja de doentes. Esta mesa procura elucidar alguns dos chamados Síndromes Geriátricos, bem como alertar para fenómenos particulares do doente idoso”, explicou.
Sobre “Abordagem do delirium”, Alexandre Rola questionou-se do porquê de este tema não ser abordado mais frequentemente, dada a sua enorme prevalência. “Estamos a falar da síndrome neuropsiquiátrica mais comum no tratamento do doente adulto idoso agudizado, em que as consequências se estendem para além do episódio inicial e com repercussão sobre os próprios serviços de saúde, os serviços sociais e do seu ambiente familiar. Penso que estes motivos são fortes o suficiente para lhe dar alguma visibilidade no nosso congresso”, justificou.
O palestrante aproveitou o momento para afirmar que o programa do 29.º CNMI é apelativo, desejando um excelente congresso a todos os participantes.
(05/05/2023)