No palco do 30.º CNMI, ocorreu uma sessão subordinada ao tema “POCUS em Medicina Interna: da prática à competência”.
José Mariz dedicou-se ao tema “A ecografia na abordagem do doente de ambulatório”.
Ao ser questionado sobre os objetivos da sessão, enfatizou: “Saliento o papel da Ecografia Point-of-Care como 5.º Pilar do Exame Físico. O uso da ecografia por internistas no consultório é uma evolução, não uma disrupção. A Medicina Interna deve acompanhar as outras especialidades no contexto de cuidados ambulatórios.”
Durante a sua palestra, o médico ressaltou que a ecografia point-of-care não substitui os exames complementares de diagnóstico da Radiologia, mas torna-os mais eficientes. “A maior parte das questões clínicas pode ser respondida com apoio da ecografia à cabeceira do doente, facilitando a tomada de decisão clínica”, afirmou.
Quanto à importância do 30.º Congresso, revelou que o “congresso é vital pois a Medicina Interna é o elo entre todas as especialidades. Defender a Medicina Interna é defender todo o Sistema Nacional de Saúde”.
Por fim, referiu que “este é o momento de reunir uma grande comunidade de médicos, identificar problemas e propor soluções, além de estabelecer redes de contactos e partilhar experiências para enriquecimento pessoal e profissional”.
Por outro lado, Yale Tung Cheng focou-se especificamente na competência nessa área vital.
A sessão foi projetada para destacar o papel transformador da ecografia no atendimento ao doente, no contexto da evolução da Medicina Interna para uma abordagem mais abrangente e de alta qualidade, baseada na Medicina 5P. O especialista enfatizou a importância de uma formação de qualidade nesta técnica, visando desenvolver as competências interpretativas necessárias para integrar a prática clínica, a fisiopatologia e a imagiologia no contexto do doente.
Entre os pontos-chave destacados por Yale Tung Cheng estava a necessidade de promover a adoção adequada da ecografia no local de atendimento, com liderança e gestão que apoiassem a formação do pessoal médico em ultrassonografia clínica.
Quando questionado sobre a importância do congresso, ressaltou a necessidade de aspirar a uma ultrassonografia multiorgânica para garantir uma avaliação abrangente do doente, refletindo a natureza integral e holística da Medicina Interna.
O palestrante internacional expressou a sua confiança de que o 30.º CNMI servirá como uma plataforma crucial para manter os médicos atualizados, estabelecer conexões profissionais e promover a padronização, qualidade e ensino em ultrassonografia no local de atendimento, tudo em benefício do doente, a principal prioridade da Medicina.
(24/04/2024)